domingo, abril 15, 2012

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segunda-feira, março 26, 2012

O transporte coletivo METROPOLITANO. Rio Branco e Itaperuçu se mobilizam.



Você sabe o que é a Grande Curitiba? É o nome dado ao conjunto do município de Curitiba e municípios vizinhos, também chamados de região metropolitana de Curitiba ou RMC. A maioria destas cidades orbita em torno de Curitiba, como cidades dormitório, servindo a capital com mão de obra e outros recursos.

Estando próximas entre si e de Curitiba, estas cidades precisam de um gerenciamento especial de suas políticas públicas para que haja convergência de interesses na resolução de problemas como água, lixo, meio ambiente, transporte coletivo, etc... No caso da Grande Curitiba, um órgão chamado COMEC é o reponsável executivo por este gerenciamento.

No transporte coletivo, a COMEC age junto com a URBS para fornecer ao cidadão um serviço de péssima qualidade e sem nenhuma segurança ou fiscalização, normalmente com uma tarifa superior a dos ônibus municipais.

O Diretor de Transportes da COMEC é Carlos do Rego Almeida Filho, um dos homens mais ricos do Paraná, irmão do deputado Marcelo Almeida (PMDB), todos ligados a empreiteira CR Almeida, que é ligada a exploração de pedágios no Paraná, "combatidos" pelo ex-governador e atual senador Requião (PMDB).

O presidente da URBS é velho conhecido nosso, o Sr. Marcos Isfer, um dos idealizadores da licitação fraudulenta do transporte coletivo, no valor de R$ 8,5 BI, que beneficiou famílias Gulin, Bertoldi e Curi (esta última dona do “feudo” de transporte de Rio Branco).

Rio Branco é uma destas cidades da região metropolitana. Foi criada por causa da Cimentos Rio Branco, que pertence ao grupo Votorantim, tradicional monopólio do cimento no país. O cimento requer muita energia e recursos naturais em sua fabricação e Rio Branco fornece todos os seus recursos a esta corporação cujo representante mais conhecido é Antônio Ermírio de Moraes. A cimentos Rio Branco resolve o problema de transporte de seus trabalhadores fretando ônibus particulares, já que o transporte coletivo é caro e ruim, diminuindo a produtividade de seus trabalhadores.

Em Rio Branco, um grupo de pessoas se organizou em prol de um benefício coletivo para fazer frente aos absurdos dos ônibus e, através de manifestações e atos por via institucional estão tentando dar uma condição minimamente digna a todos os cidadãos que utilizam o transporte coletivo na cidade.

Não é uma luta fácil e eles têm que enfrentar até mesmo a chacota do sistema URBS/COMEC que já chegou a falar “Sardinha viaja enlatada e não reclama!”

São vários os problemas:

SUPERLOTAÇÃO: os vereadores de Curitiba legalizaram 6 passageiros/m2, uma superlotação que já é absurda (e que não é fiscalizada), porêm os veículos que servem Rio Branco e Itaperuçu conseguem até mesmo ultrapassar esta superlotação, criando uma situação humilhante para o cidadão.

DEMORA: a frota é reduzida nos domingos, feriados e fora dos horários de pico, causando imensa demora, espera e falta de segurança.

FALTA DE LINHAS: o ônibus chega em Rio Branco e “despeja” os cidadãos em determinada localidade. Faltam linhas que complementem o trajeto até suas residências, assim é necessário ainda caminhar longos trechos a pé, sob sol, chuva e em trechos de baixa urbanização e portanto com pouca ou nenhuma segurança.

PRECARIEDADE NOS PONTOS: já em Curitiba, na praça 19 é possível notar o nível de precariedade dos pontos de ônibus. As longas filas expõem passageiros a sol e chuva, além de alagamentos nos dias de chuva.

CUSTO DA PASSAGEM: o custo da passagem, mais elevado, é outro agravante para fortalecer a segregação dos cidadãos de Rio Branco, já que os empregos estão em Curitiba e em Rio Branco faltam hospitais e locais de laser para o cidadão.

Em 27.03.12, o grupo de Rio Branco e o MPL Curitiba mobilizarão os usuários do sistema através de um ato a ser realizado às 17:30h, no ponto de ônibus da praça 19 de dezembro (casal nu). Eles também demonstrarão a cópia de carta protocolada na URBS. A COMEC/URBS normalmente coloca ônibus extra para desmobilizar os atos previamente comunicados, mas desta vez contaremos com a consciência dos usuários em prol do coletivo.

A minuta da carta protocolada junto a URBS pode ser vista AQUI !

Maiores informações sobre a organização e mobilização do coletivo de Rio Branco e Itaperuçu com Claudete (claudetegalli@hotmail.com) e Maurício (mauricio-xixo@hotmail.com).

sábado, março 17, 2012

Ato em repúdio aos acidentes e ao aumento da tarifa


Em fevereiro, o sindicato dos motoristas e cobradores organizou uma greve, que durante dois dias parou a cidade. A sensação de dependência do transporte coletivo, que invadiu as pessoas, foi o fator crucial para um reajuste bem sucedido na tarifa do ônibus. A tática usada foi simples: uma greve falaciosa atinge toda a população; culpabiliza-se o trabalhador do transporte colietivo pelo novo reajuste da tarifa; e o resultado foi o alívio geral pela volta do sistema, acompanhado do silêncio da população, o que legitimou novamente o lucro do empresário. Como se não bastasse, a ameaça do reajuste, originalmente para 2,80, foi utilizada como trampolim eleitoral, na medida em que o subsídio de 20 centavos aparece justamente num ano de eleições.

Essas ações reforçam ainda mais a precariedade e falência do sistema de transporte coletivo na cidade de Curitiba, fato observado diariamente com os acidentes, muitas vezes fatais, ônibus superlotados e sem manutenção adequada. Além disso, sem o aumento da frota e com um trânsito cada vez mais caótico, os motoristas são pressionados a cumprir horários apertados, a mando da URBS, de modo que colocam em risco a segurança dos usuários, ciclistas e pedestres.

Diante desta situação, o Movimento Passe Livre, no dia 6 de Março, esteve presente no Marco Zero da cidade, praça Tiradentes para denunciar as dezenas de mortes acontecidas nesses dois primeiros meses de 2012. Criticou o aumento da tarifa para R$ 2,60 – fator responsável pela massiva evasão escolar e segregação populacinonal – e exigiu passe livre universal para todas as pessoas.



A manifestação contou com estudantes universitários tanto da UFPR quanto da PUC, secundaristas, desempregados, trabalhadores e usuários do transporte coletivo de Curitiba e região metropolitana. O que se via era a força de uma bandeira de luta que uniu vários grupos atingidos pela lógica do lucro empresarial, que explora o transporte coletivo. Estreitaram-se laços de solidariedade entre os manifestantes, que eram identificados pelas falas calorosas no megafone contra a medida autoritária sem a consulta popular devida.

O ato teve duração de três horas onde mais de dois mil panfletos foram distribuídos, acompanhados de conversa e debates com a população. Faixas, bandeiras, cartazes e membros do corpo humano artesanalmente confeccionados denunciavam a fatalidade dos acidentes e a escolha dos políticos locais pelo lucro empresarial em detrimento do conforto, segurança, pontualidade e tarifa justa.

O movimento, ao encerrar o protesto, convidou todas as pessoas interessadas na luta contra o reajuste abusivo da tarifa do ônibus para a construção das próximas ações que devem acontencer ao longo do ano.

sábado, março 10, 2012

"A luta é de todos"


O panfleto acima tem circulado nos últimos dias, na cidade de Curitiba. Apesar de ter o nome do Movimento Passe Livre(MPL) Curitiba, o endereço do blog e nosso e-mail de contato (mplcuritiba@riseup.net), não somos nós os autores da ação. Ficamos felizes que outras pessoas estão interessadas na luta pelo transporte coletivo público e gratuito, que é de todos e não se restringe a um grupo. A iniciativa de espalhar a ideia e discutir com outras pessoas é igualmente louvável.

Porém, gostaríamos de esclarecer que, além do texto não ter sido redigido pelo MPL, ele passa uma ideia errada sobre nossa organização. Somos um movimento horizontal, o que significa que as decisões são tomadas coletivamente pelas pessoas que o compõem, sem a existência de hierarquias. Como podem perceber, essa forma de organização é completamente oposta ao que faz parecer o panfleto citado (sic “qualquer um pode tomar uma atitude revolucionária em nome do movimento sem dar satisfação”). Na verdade, justamente por sermos um coletivo horizontal, qualquer atitude em nome do movimento deve ser consenso de todos os seus membros.

Para completar, lembramos que nossas reuniões acontecem sempre nos sábados e a participação é aberta, basta mandar um e-mail (mplcuritiba@riseup.net) manifestando interesse.

segunda-feira, março 05, 2012

Manifestação!


O MPL-Curitiba alerta há mais de um ano sobre a relação entre os acidentes de trânsito com transporte coletivo e a pressão para aumentar a velocidade do sistema. Os acidentes são o resultado da escolha, feita pela prefeitura e URBS, em dar preferência ao lucro dos empresários. Investir no transporte coletivo para as pessoas, significaria melhorar tanto a infraestrutura quanto o próprio serviço, já que hoje é impossível escapar, por exemplo, dos congestionamentos ou da superlotação.

Neste panorama, temos visto incontáveis farsas. Os 557 ônibus novos, que são largamente propagandeados, não são mais que reposição dos antigos, que geravam custos de manutenção para as empresas. Não houve, portanto, aumento real da frota, apenas substituição parcial. Além disso, a greve do transporte tem sido usada como justificativa para o aumento da tarifa, enquanto o acordo negociado com o sindicato serve de trampolim eleitoral para o atual prefeito. No outro lado desse jogo perverso, o trabalhador do transporte coletivo vive um estresse diário para cobrir um horário que, em vista do crescente tráfego de veículos, beira o impossível. Vítima dessa pressão, é obrigado a aumentar a velocidade do coletivo e a dirigir agressivamente, o que fatalmente resulta nos acidentes que já tem se tornado comuns em Curitiba.

É por isso que MPL-Curitiba, no dia 6/3/2012, fará, na praça Tiradentes, às 18h, um ato para mais uma vez denunciar o descaso com a vida dos usuários, o preço abusivo das tarifas e o novo TARIFAÇO.

Passe Livre Já!