sexta-feira, dezembro 17, 2010

Movimento Passe Livre espalha cruzes por Curitiba em protesto

O MPL-Curitiba já decretou a morte desse sistema de Transporte Coletivo na Capital. Na época, foi eregido um monumento às vítimas do transporte. Foram 346 acidentes entre janeiro e maio de 2010.

A seguir veio o cemitério em praça pública, onde 100 cruzes foram espalhadas ao lado da praça Tiradentes para lembrar as vítimas do acidente do Ligeirinho.

Ontem, 16/12/2010, dando seguimento à 2ª semana de conscientização da população com relação à tarifa do ônibus, o MPL-Curitiba traz novamente as cruzes para as ruas lembrando o preço que se paga pelo precário serviço de transporte na Capital.

----
da Gazeta do Povo
Quinta-feira, 16/12/2010

Walter Alves/Agência de Notícias Gazeta do Povo / Uma das cruzes, instalada na Praça Carlos Gomes
Uma das cruzes, instalada na Praça Carlos Gomes

Movimento Passe Livre espalha cruzes por Curitiba em protesto

As cruzes, que simbolizam as deficiências do sistema público de transporte, foram colocadas em vários locais da cidade

16/12/2010 | 17:21 | Taiana Bubniak, especial para a Gazeta do Povo

Os militantes do Movimento Passe-Livre (MPL) usaram estruturas de terminais de ônibus e praças para manifestar a indignação com um possível aumento da tarifa do transporte coletivo em Curitiba. De acordo com o grupo, esse reajuste teria sido anunciado pelo prefeito Luciano Ducci em entrevista à uma emissora de rádio local, em meados de novembro.

“Esse pré-anúncio, essa ameaça do aumento da tarifa, não teve nenhuma divulgação. Nós queremos informar a população que isso pode vir a acontecer em janeiro”, explica o militante do MPL, Gustavo de Oliveira. As cruzes foram instaladas nos terminais do ônibus; praças Carlos Gomes, Eufrásio Corrêa, Tiradentes, Santos Andrade e Rui Barbosa e nas ruas Nestor de Castro, Barão do Serro Azul, Marechal Floriano, calçadão da Rua XV e no Paço da Liberdade.

Além do ato simbólico, os participantes do grupo estão fazendo panfletagem e recolhendo assinaturas das pessoas que são contrárias aos reajustes. “Nossa intenção é levar essa reivindicação ao Ministério Público, porque nós queremos entender como é feito o cálculo para chegar a estes valores”, defende, afirmando que duas mil pessoas já endossaram a solicitação. Conforme explica Gustavo, os cálculos feitos pelo MPL apontam que a empresa faria um reajuste de até R$0,40, fazendo com que a passagem do ônibus chegasse a custar R$ 2,60. Para fazer esta estimativa, o grupo levou em conta as dívidas do vale-transporte, o congelamento da tarifa em R$ 1,80 e peculiaridades do edital da licitação que contratou as empresas que prestam o serviço.

A assessoria de imprensa de Urbanização de Curitiba (Urbs) informa que a empresa não possui planejamentos para reajuste na tarifa de ônibus para os próximos meses.


Um comentário:

André Caon Lima disse...

O melhor desta foto é observar que a porta do busão está aberta.
Esses dias apareceu na Gazeta a foto de uns sujeitos do MP-Pr gabando-se que tinham resolvido o problema da segurança das portas dos ônibus após a morte de uma passageira.
Aliás, a passageira morreu não por causa da porta mas sim pela SUPERLOTAÇÃO do veículo.
A causa REAL não foi questionada com a devida ênfase pelo MP-Pr.