quinta-feira, março 16, 2006

O que saiu na mídia sobre o protesto de 15/03/2006

Estudantes protestam pelo passe livre

Ligia Martoni [16/03/2006]
http://www.parana-online.com.br/noticias/index.php?op=ver&id=195379&caderno=3

Foto: O Estado do Paraná

Eles caminharam na Boca Maldita até a Câmara de Vereadores.

A manhã de ontem foi marcada por mais uma passeata de reivindicação dos estudantes, pela concessão de passe livre no transporte coletivo em Curitiba. Eles caminharam da Boca Maldita até a Câmara de Vereadores para a entrega de um projeto de lei que exija o direito constitucional de acesso à escola. O Movimento Passe Livre, que mobiliza estudantes em todo o Brasil, prevê não apenas passagem gratuita aos estudantes, mas também redução nas tarifas e transparência nas planilhas de custos das empresas operadoras de transporte público.

Durante a passeata, os estudantes aproveitaram para colher assinaturas que dêem subsídio à aprovação do projeto na Câmara por iniciativa popular. Segundo o estudante Thiago Bagatin, da Universidade Federal do Paraná (UFPR), cerca de 300 estudantes de escolas públicas do centro e da periferia, além de universitários, estiveram presentes. "O Movimento Passe Livre não se limita apenas aos estudantes. A intenção é rever a lógica do transporte, pois o direito de mobilidade é colocado como mercadoria, inclusive com muitos estudantes deixando de ir à escola por não terem dinheiro", justifica. O movimento, que atua em Curitiba há cerca de um ano, pretende que o direito ao acesso à escola seja cumprido também no âmbito da mobilidade. Para isso, acredita, o mesmo tem de ser encarado como uma política pública, assim como a educação. "Não concordamos que a gratuidade aumentaria o valor da passagem", afirma Bagatin, fazendo menção à justificativa da Urbs, empresa que opera o transporte coletivo em Curitiba, de que passe livre aos estudantes aumentaria as tarifas de R$ 1,80 para R$ 2,70, uma vez que o transporte é auto-sustentável, funcionando como um condomínio, em que todos os contribuintes pagam para usufruir. "Se fosse encarado como uma política pública, haveria concessão do Estado. Mas como a concessão é para empresas de transporte, não há outra preocupação a não ser com o lucro."

Ontem, o movimento aproveitou também para levantar a bandeira de redução nas tarifas. "Não é só o estudante, mas toda a sociedade que precisa de meios viáveis de locomoção", coloca Thiago. No contexto de redução das tarifas, eles defendem que estatais deveriam operar o transporte público, não apenas empresas privadas.

Urbs

A Urbs não se manifestou ontem em relação às reivindicações e críticas do movimento. A assessoria de imprensa informou apenas que o passe escolar é concedido para alunos cujas famílias tenham renda de até cinco salários mínimos, em caso de três ou mais filhos, e que morem a pelo menos dez quadras ou um quilômetro do local onde estudam. A proporção cai para até três salários mínimos quando há apenas um filho e para dois no caso de dois estudantes. Somente este ano, 15 mil alunos fizeram o cadastro para obtenção do passe escolar.

A próxima manifestação dos estudantes deve acontecer no próximo dia 28, quando pretendem ir até o Palácio Iguaçu junto com os professores, e também no dia 29, quando se comemora o aniversário de Curitiba.



Estudantes reivindicam passe livre com passeata em Curitiba

http://canais.ondarpc.com.br/noticias/parana/conteudo.phtml?id=545480

Atualizado em 15/03/06 às 17h40

Karlos Kohlbach - Gazeta do Povo Online

Aniele Nascimento - Gazeta do Povo
Aniele Nascimento - Gazeta do Povo / Depois de percorrer ruas de Curitiba, manifestação dos estudantes termina na Câmara dos Vereadores
Depois de percorrer ruas de Curitiba, manifestação dos estudantes termina na Câmara dos Vereadores

Cerca de 150 alunos de escolas públicas, municipais, particulares e de universidades fizeram passeatas pelas ruas de Curitiba reivindicando o passe livre para todos os estudantes no transporte público de Curitiba e região.

Os manifestantes saíram da Boca Maldita às 8h e percorreram algumas das principais ruas do Centro da cidade - causando lentidão no trânsito.

Os alunos, por volta de 10h30, chegaram na Câmara Municipal, onde distribuíram para todos os vereadores um projeto de lei exigindo o passe livre.

Além do passe livre, os alunos reivindicam aumento no salário de professores e trabalhadores do transporte público e melhorias na qualidade de ensino.

URBS

A Urbs, empresa que administra o transporte público de Curitiba e região, não se pronunciou sobre a manifestação dos estudantes, mas, por meio de sua assessoria, informou que o passe escolar é concedido a 20,5 mil alunos - dados de 2005.

Para ter direito aos 50 passes por mês, os alunos devem obedecer dois critérios: morar a uma distância superior a um quilômetro - ou dez quadras - da escola; e, quando tiver apenas um filho, ter uma renda familiar de até três salários mínimos. No caso de dois estudantes, renda familiar de até quatro salários e até cinco salários quando a família tiver três ou mais filhos.

Ainda segundo a assessoria, durante a última manifestação dos estudantes - no fim do ano de 2005 - a Urbs fez uma projeção levando-se em conta que 430 mil alunos (número este contido numa carta de reivindicação entregue pelos alunos) seriam beneficiados com a isenção da tarifa de ônibus. Se concedido o benefício, o custo da passagem subiria de R$ 1,80 para R$ 2,70, ou seja, a população pagaria a conta.

Os estudantes já têm datas definidas para as próximas manifestações. Dia 28 - quando irão com os professores até o Palácio Iguaçu e um dia depois - no aniversário de Curitiba.


Um comentário:

Anônimo disse...

Olha quem realmente precisa já tem passe livre.
Vocês querem passe livre para todos estudantes para que os trabalhadores paguem a conta, e quem pode pagar com folga duas passagem de ônibus pegue ônibus de graça e se aproveite da situação?