quinta-feira, novembro 08, 2007

O Colégio Estadual do Paraná se levanta por democracia!


O Colégio Estadual do Paraná passa por dias turbulentos. Os estudantes reivindicam o direito de escolher o/a diretor/a por via democrática, ao contrário de atualmente quando esse cargo parte de uma indicação do governo do estado. As manifestações estão com todas as forças e organizadas a tal ponto de existir a formulação de um projeto de lei para viabilizar essa reivindicação. Dentro em breve postaremos mais informações. Abaixo vai uma reportagem da Gazeta do Povo - que como tal deve ser analisada com bastante espírito crítico, pois é um jornal que não segue os interesses da população oprimida -, um vídeo e uma moção de apoio à luta independente dos estudantes.

Não passe sem luta!


Moção de Apoio à luta por democracia no CEP

O Movimento Passe Livre Curitiba (MPL) vem manifestar apoio incondicional e irrestrito aos estudantes do Colégio Estadual do Paraná que se insurgem por democracia, pelo livre direito de decidir suas próprias vidas.

A democracia sempre foi uma conquista daqueles que não se mantiveram parados em seus lares esperando-a cair do céu; a democracia é resultado direto das manifestações políticas de ação direta. Exemplos não faltam na história do Brasil, tendo, não em poucos momentos, os estudantes à frente, como principais animadores das reivindicações democráticas.

O Colégio Estadual do Paraná é tradicionalmente um espaço originário de muitas lutas. O impedimento da venda da COPEL é um bom exemplo. Nada mais justo que agora o CEP se torne o palco de uma dessas lutas. O MPL vêm se somar a mais um dos aliados dos estudantes. Se dispondo à luta,

Movimento Passe Livre Curitiba, 08/11/2007


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PARANÁ |
COLÉGIO ESTADUAL DO PARANÁ 07/11/2007 - 19h51
Protesto por voto direto termina com dois estudantes apreendidos no Colégio Estadual
por GAZETA DO POVO ONLINE, com informações de Rogério Waldrigues Galindo - Gazeta do Povo

A direção do Colégio Estadual do Paraná (CEP) suspendeu todas as aulas desta quinta-feira (8) em virtude da manifestação dos alunos que reivindicam a possibilidade de votar na escolha do novo diretor. O protesto aconteceu na tarde desta quarta-feira (7) - período em que os estudantes foram dispensados da maioria das aulas. Dois alunos foram apreendidos pela polícia militar.
A reivindicação, segundo reportagem do Paraná TV, é pelo motivo que o CEP é a única escola pública do estado onde pais, alunos, professores e funcionários não têm o direito de, através do voto, escolher o diretor. O diretor no CEP é indicado diretamente pelo governador do estado.

Apreensões

A polícia contou que enquanto centenas de estudantes faziam o protesto do lado de dentro do colégio um aluno e um rapaz vestido com o uniforme do colégio acionaram um extintor de incêndio. Eles teriam sido contidos por funcionários da escola, que chamaram a patrulha escolar.

Os alunos foram algemados e colocados na viatura da polícia, o que provocou revolta de alunos e professores que cercaram o carro da PM. Um vídeo (Veja no quadro ao lado) feito por estudantes mostra que a viatura avançou sobre as pessoas. "A polícia foi violenta, prendeu dois alunos sem motivo e avançou sobre os estudantes", disse o aluno Sulivam Patrick à reportagem do Paraná TV. Os alunos apreendidos passaram a tarde na Delegacia do Adolescente e foram liberados no mesmo dia.

No pátio do Batalhão da Polícia, a viatura da patrulha escolar estava com a lateral amassada. O coordenador da Patrulha Escolar, MaiKon Marinho informou que não houve excesso por parte dos policiais.

A diretora do CEP, Maria Madselva Feijes, disse que vai averiguar os motivos pelos quais os alunos saíram algemados do colégio. A diretora do colégio, que assumiu a função no início deste ano, já vinha enfrentando problemas de relacionamento com funcionários e professores do colégio.

Um grupo descontente chegou a formular um documento com 25 questionamentos contra a atuação de Maria Madselva. Eles afirmam que a diretora é autoritária e questionam algumas atitudes pontuais da gestora. Em agosto, uma bomba caseira foi colocada em um dos banheiros. O estouro fez com que a direção proibisse os alunos de usar todos os banheiros.

Em um dos pontos, eles afirmam que vários alunos reprovados pelos professores foram passados de ano pela diretora via ato administrativo. O documento, encaminhado à Secretaria de Educação, também afirma que a direção decidiu passar metade das inspetoras de corredores do colégio para o serviço de limpeza.


Um comentário:

Anônimo disse...

parabens pelas atualiza�es r�pidas. o movimento voltaa se articular!
for�a MPL